quinta-feira, 28 de julho de 2011


VEM AÍ ..
ARRAIÁ DA TESA!!
DIA
06 DE AGOSTO

Orixá do mês: NANÃ

26 de julho é dia de Nanã, Orixá da sabedoria, da calma e evolução, é considerada a mais velha, como uma avó e sincretizada como Santa Ana (Mãe de Maria – Avó de Jesus).
   A Deusa mais velha entre todos os Orixás. Sua atitude costuma ser severa, mas é determinada naquilo que se propõe a fazer.
    Está associada às pessoas idosas, à maternidade e seu elemento principal é a lama, o lodo dos rios e dos mares. Como possui um temperamento rígido e não tolera desobediência, é capaz de castigar com a intenção de educar.
    As filhas de Nanã são geralmente calmas, sérias, introvertidas, seguras, equilibradas em tudo o que fazem e gostam de ajudar às pessoas, agindo com gentileza e muita dignidade.
    Ela é a chuva, a tempestade, a garoa. O banho de chuva, por isso, é uma espécie  de lavagem do corpo, homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu elemento. Por isso, não devemos blasfemar contra a chuva, que muita vezes estraga passeios, programas, compromissos, festas e acontecimentos. A chuva é a parte da vida, que vai irrigar a terra, Se ela cai demais, é porque a força da Natureza, Nanã, está insatisfeita.
   Nanã é o Orixá da vida, que representa a morte. E a isso devemos o máximo respeito e carinho.

LENDA DE NANÃ

   Conta à lenda que Nanã só julgava os homens, pois ela colocava as mulheres acima do julgamento humano. Ela plantou um jardim e quando uma mulher reclamava de seu homem, ela o pendurava em uma árvore e chamava os Eguns, espíritos desencarnados, para assustá-lo. Os Orixás estavam revoltados. Então Ogum pediu a Oxalá para ir dominar Nanã. Ele enfeitiçou Nanã e fez com que mostrasse seu jardim. Nanã adormeceu e Oxalá vestiu-se de mulher, fugindo dos Eguns. Nanã acordou e foi atrás de Oxalá, enfeitiçando-o e seduzindo para sempre o Orixá maior. Dessa união nasceu Oxumaré, o arco-íris e também Iroko e Omulu. 

Nossas filhas de Nanã: Mãe Cheirosa, Lucinha, Rose e Conceição.

Salubá Nanã


 

DICIONÁRIO UMBANDISTA

      Nas últimas edições mostramos algumas palavras e seus significados em Yorubá, nesta conheceremos algumas palavras da Umbanda.
·         Abaré: Médium já desenvolvido.
·         Abaré Mirim: Medim em desenvolvimento.
·         Alguidar: vasilha de barro onde se coloca a comida votiva.
·         Aldeia: Terreiro; Templo; é o conjunto de pessoas nele contida.
·         Amaci ou Amassi: Líquido preparado de folhas sagradas, maceradas em água. É destinado a banhar a cabeça dos médiuns.
·         Aparelho: Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” do orixá ou da entidade do médium.
·         Aruanda: Céu; lugar onde moram os orixás e as entidades superiores.
·         Ajeum: Nome dado para as comidas votivas servidas dentro do terreiro.



E muito mais na nossa próxima edição

HISTÓRIA DE SABEDORIA

O MAIS IMPORTANTE
    Conta a lenda que, há muitos anos atrás, um poderoso e rico monarca, propôs aos seus súditos as três maiores interrogações de sua vida, prometendo enorme recompensa a quem as respondesse.
    Eram as seguintes:
1.      Qual o momento mais importante na vida homem?
2.      Qual a pessoa mais importante?
3.      Qual a tarefa mais importante a ser feita?
Então, após anos de penosa busca e mil e muita meditação a respeito, o nosso herói acabou por se achar no topo de um longínqua montanha, onde um sábio ancião respondeu:
1.      O mais importante é sempre o mesmo presente.
2.     A pessoa mais importante é a que está a nossa frente.


      3.  A tarefa mais importante é fazer esta pessoa feliz.

CONHECENDO A UMBANDA 06

     Em nossa última edição falamos um pouco sobre os MÉDIUNS nesta iremos falar sobre a mediunidade de ogã.
    Ser Ogã é muito mais do que ser aquela pessoa no fundo do Terreiro, tocando pontos para as entidades, médiuns e assistentes.
    Ser Ogã é participar de forma efetiva e consciente nos trabalhos.
    Isso exige conhecimento, concentração, responsabilidade e mediunidade. O Ogã é o médium responsável pelo canto, pelo toque, pela sustentação e equilíbrio harmônico dos rituais.
    Diferente do que muita gente pensa, um Ogã pode incorporar, porém, a sua mediunidade manifesta-se normalmente, de forma diferente do restante do corpo mediúnico. Manifesta, principalmente, através da intuição, das suas mãos, braços e cordas vocais onde os Guias responsáveis pelo toque e pelos cantos imantam os seus médiuns Ogãs.
    Esses mestres da música atuam ativamente, mas de forma pouco perceptível à grande maioria dentro do ritual de Umbanda e, muitas vezes, são pouco lembrados.
    Os atabaques, quando devidamente consagrados e ativados pelos Ogãs, são verdadeiros instrumentos de auxílio espiritual, pois são capazes de canalizar, concentrar e irradiar energias que tanto podem ser movimentadas pelo próprio Ogã como pelas entidades de trabalho para os mais diversos fins.

Salve a Coroa dos Ogãs!!
           

HOMENAGEADO DO MÊS : XANGÔ

    No dia 25 de junho nosso irmão Jadir completou mais uma etapa de sua vida espiritual. Ele alcançou a sua maior idade no santo tornando-se agora um egbomin (irmão mais velho) e a partir deste momento está pronto para assumir funções sacerdotais, ou seja, tornar-se dono de sua própria casa de santo.
    Jadir proporcionou aos seus irmãos e convidados uma festa linda e emocionante, e com sua humildade soube agradecer a todo o corpo mediúnico da casa por realizar este momento tão esperado por ele.
   Então nada mais justo depois de tantas risadas e lágrimas de emoção, comemorar este momento homenageando Xangô o responsável por toda esta festa.

Xangô é o Orixá da Justiça e do Equilíbrio; Senhor do fogo, dos trovões e das pedreiras. Não cede à pressão, é rígido e estável como as rochas, julga de forma severa, mas sem precipitação e estabelece a ordem tranqüilizadora. Devemos estar preparados e conscientes ao pedir Justiça a Xangô, pois ela será feita, mas não a justiça dos homens e sim a Justiça Divina.
É mais comumente sincretizado com São Jerônimo, que tem dia comemorado em 30 de setembro, São João Batista, que comemoramos em 24 de junho e com São Pedro, comemorado no dia 29 de junho. Suas cores são o marrom, o vermelho ou o cinza; seus símbolos são o machado de dois cortes que remete à imparcialidade, a balança que está ligada à justiça e a estrela de seis pontas que representa o equilíbrio. Suas pedras são o olho de tigre e a pedra do sol. Na pedreira, com Iansã, Xangô nos traz o arrojo, a determinação, a fortaleza, a segurança, a firmeza e a sustentação. Na cachoeira, com Oxum,  Xangô nos purifica, nos energiza, nos dá vida, vigor, saúde e inteligência.
Xangô é o Orixá da Justiça e do Equilíbrio; Senhor do fogo, dos trovões e das pedreiras. Não cede à pressão, é rígido e estável como as rochas, julga de forma severa, mas sem precipitação e estabelece a ordem tranqüilizadora. Devemos estar preparados e conscientes ao pedir Justiça a Xangô, pois ela será feita, mas não a justiça dos homens e sim a Justiça Divina.
É o orixá dos reis, dos justos e dos poderosos. Ele próprio foi um rei guerreiro que conquistou reinos e enriqueceu seu povo. O seu trabalho entre os homens é cobrar de quem deve e premiar a quem merece, agindo sempre com sabedoria, justiça e poder.
Os filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável. É difícil um filho de Xangô admitir que esteja errado, ele é inflexível e intratável quando contrariado. Apesar de autoritário a bondade do filho de Xangô é grande, ele concilia severidade com justiça, exigência com reconhecimento, cobrança com recompensa.

“No alto da pedreira está Xangô, senhor do meu destino até o fim..
O dia que eu perder a fé no meu senhor.. que role está pedreira sobre mim.. “

Nossos filhos de Xangô: Laila, Mauro, Zilnete, Jadir, Cristina e Suelen.

Caô Cabecile!!


Oração a Xangô:
Meu pai Xangô, o senhor que é rei da justiça, olhai a todos que imploram a vossa proteção e a vossa benção. Que do alto de sua pedreira nos mande a faísca de um raio luminoso, a fim de podermos tratar com serenidade e com a mais pura justiça os nossos semelhantes.
Faça valer sempre a vontade Divina, purifique minha alma nas águas de sua cachoeira. Se errei, conceda-me a luz do perdão. Faça de seu peito largo e forte meu escudo para que os olhos de meus inimigos não me encontrem. Permita, Pai, que eles não atinjam meu corpo nem minha alma.
Empresta-me sua força de guerreiro para combater a injustiça e a cobiça. Que eu não faça e nem sofra injustiças.
Clamo, Pai, para que a justiça divina seja feita para todo o sempre. Proteja-me, Senhor do fogo e da vida, para que não me falte a coragem, a alegria de viver, a fé e a caridade.
Ó senhor do machado sagrado! Peço que o meu coração seja puro e que tenha a força das rochas que sempre estão sobre o seu domínio. Abençoe-me, grande Orixá, ensina-me a ser bom e justo, instrui-me a amar meus semelhantes tanto quanto Pai Oxalá me ama.
Conceda-me a graça de receber sua luz e sua proteção.
Minha devoção te ofereço!
Caô Xangô, Caô!

Cantando com axé

Salve Nanã.. Salve os Orixás!!


Se a minha mãe é saluba..
ela é saluba é Nanã Buruquê..
Nanã..
ohh Nanã buruquê..
olha seu filhos.. agora que eu quero ver..
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Senhora Santana..
Oh minha mãe venha me valer..
Venha me ajudar..
Venha me valer..
Senhora Santana..
Nanã Buruquê..