domingo, 28 de agosto de 2011

Orixá do mês: Omulu e Obaluaê

    Obaluaê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omolu é sua forma velha. Como, porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado, pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Omulu é a que mais se popularizou e acabou sendo confundida não apenas com a forma mais velha do Orixá, mas com sua essência genérica em si.
   A figura de Omulu-Obaluaê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.
   Omulu-Obaluaê é uma criatura da cultura jeje, posteriormente assimilada pelos iorubas. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, a figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.
   A visão de Omulu-Obaluaê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubas. 
   Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, conseqüentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte.
   Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa , em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol.
   Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omulu-Obaluaê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista. 


OLUBAJÉ

      O Olubajé é a festa anual em homenagem a Obaluaê e Omulu, onde as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito) onde todos os Orixás para se acertarem com Obaluaê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar.
   Nessa festividade, todos os Orixás participam, com exceção de Xangô e principalmente Osanyin, Oxumarê, Nanã e Yewá, que são de sua família. Oyá tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas.
     Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé. No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida popularmente como mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a Morte (iku).


LENDA

Diz uma lenda que Xangô, um Rei muito vaidoso, deu uma grande festa no seu palácio e convidou todos os Orixás, menos Obaluaê, pois as suas características de pobre e de doente assustavam o rei do trovão. No meio do grande cerimonial todos os outros Orixás começaram a notar a falta do Orixá Rei da Terra e começaram a indagar o porquê da sua ausência, até que um deles descobriu que ele não havia sido convidado. Todos se revoltaram e abandonaram a festa indo a casa de Obaluaê pedir desculpas;    Obaluaê recusava-se a perdoar aquela ofensa até que chegou a um acordo; daria uma vez por ano uma festa em que todos os Orixás seriam reverenciados e este ofereceria comida a todos, desde que Xangô comesse aos seus pés e ele aos pés de Xangô









Cantando com Axé


Se eu vejo um velho no caminho eu peço a benção (2x)
Deus lhe abençoe, Deus lhe abençoe
Deus lhe abençoe, obaluaê, Deus lhe abençoe!

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Ae, aê seu cafunã!
Aê, aê seu cafunâ!
Omolu que vem na gira,
Aé. aé seu cafunã

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Casinha branca, casinha branca,
que eu mandei fazer (2x)
pra oferecer a meu pai Omulu,
meu pai Omulu seu atotô Obaluê (2x)
oi salve mamãe Oxum! E salve Nanã Buruquê!
Salve atotô Obaluaê (bis)

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Ele é um grande orixá, ele é o chefe da calunga, ele é seu Atotô, o Abaluaê...



Dicionário Umbandista

·     Babá: Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados.  No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes: Babalorixá; Babaojê; Babalaô; Babalossain; etc.  Chefe feminino nos templos de umbanda; títulos de Orixá nos candomblés.

·    Babalorixá: Chefe masculino de terreiro; Sacerdote de candomblé; ou de umbanda (a umbanda também o usa = Babalaô).  Denominado popularmente “pai-de-santo”, dirige tanto o corpo administrativo como o sacerdotal...  Orienta a vida espiritual da comunidade religiosa.

·        Baixar: Possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.

·        Banda: Lugar de origem de entidade.

·        Breve: Espécie de patuá; pequeno envelope de pano ou couro, contendo uma oração ou imagem de santo.  Usado como proteção.

·         Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium.

Histórias de Sabedoria

O SÁBIO 
Eram 2 meninas muito curiosas, elas perguntavam de tudo para o seu pai mas ele não conseguia 
respondê-las, porém todas eram muito difíceis.

   Um dia ele mandou-as para um acampamento junto com várias outras crianças e um sábio. Tudo que 
elas perguntavam a ele, ele sabia responder; Um belo dia uma das meninas pegou uma borboleta em 
suas mãos e disse para a irmã:

- Hoje eu pego o sábio, pois tenho uma borboleta em minhas mãos. Eu irei perguntar ao sábio se ela 
está viva ou se ela está  morta, se ele disser que ela está morta eu soltarei a borboleta, e se ele disser 
que ela está viva eu espremê-la-ei.
   E aí foram as meninas crentes que iam enganar o sábio.

   Chegando lá ela perguntou: Senhor sábio, me responda uma coisa, a borboleta que
está em minhas mãos, está viva ou está morta?
   E ele respondeu:
- Tudo vai depender das suas mãos!!!
   Moral da história: nunca tente enganar um sábio, pois irá se arrepender depois.

CONHECENDO A UMBANDA 07


     Em nossa última edição falamos um pouco sobre a mediunidade de ogã, nesta iremos falar sobre os caboclos da umbanda.
    No culto de Umbanda, Oxossi é o chefe da linha de Caboclos. O Caboclo é a imagem do indígena nativo de nossa terra e quando incorporado presta caridade, dá passes, canta e dança.
    Conhecedores de muitas ervas, os caboclos têm um papel muito importante: preparar os remédios de ervas e amacis. Amacis são mistura de ervas que maceradas servem para o fortalecimento do filho-de-santo.
    Já os remédios de ervas são plantas ou ervas que combinadas ou sozinhas servem para aliviar ou até mesmo curar doenças.
    Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros.
    Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham “incorporados” a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.
Os Caboclos, de acordo com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos.
    Por essas razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para serem os Guias- Chefes dos médiuns e/ou representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista (em alguns casos os Pretos Velhos assumem esse papel).
Costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos.
    O Estalar De Dedos: nossas mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos, que se comunica com cada um dos xacras de nosso corpo.
    O estalo dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus (parte gordinha da mão) e dentre as funções conhecidas pelas entidades, está a retomada de rotação e freqüência do corpo astral; e a descarga de energias negativas.
    Assobios E Brados: os assobios traduzem sons básicos das forças da natureza. Estes sons precipitam assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direcioná-lo corretamente, a fim de liberá-lo de certas cargas que se agregam, tais como larvas astrais, etc.
    Os assobios, assim como os brados, assemelham-se a mantras; cada entidade emite um som de acordo com seu trabalho, para ajustar condições específicas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes ou nos médiuns.



terça-feira, 9 de agosto de 2011

E o nosso ARRAIÁ bombou minha gentee!!!

Confiram alguns momentos..

Nossas comidas típicas


DJ

Bar

Hora da quadrilha

+ uma da quadrilha

Dança das cadeiras

Festival de Dança

Quem foi.. fica a saudade no peito e p gostinho de quero +!!
E quem foi não foi.. só 2012 agora..rsrs

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Árvore da Vida dos Amigos

Existem pessoas nas nossas vidas que nos fazem felizes pela simples casualidade de terem cruzado o nosso caminho.
Algumas percorrem o caminho a nosso lado, vendo muitas luas passar, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.
A todas chamamos amigos e há muitas classes deles.
Talvez cada folha de uma árvore represente um dos nosso amigos.
O primeiro que nasce é o nosso amigo PAI e nossa amiga MÃE, que nos mostram o que é a vida.
Depois, vêem os amigos IRMÃOS. com quem dividimos o nosso espaço para que possam florescer como nós.
Passamos a conhecer toda a família de folhas a quem respeitamos e desejamos o bem.
Mas, o destino apresentamos a outros amigos, os quais não sabiamos que iriam cruzar-se no nosso caminho. A muitos deles chamamos-lhes amigos da alma, do coração. São sinceros, verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz.
E às vezes um desses nossos amigos da alma estala no nosso coração e então chamamos-lhes um amigo namorado. Esse dá brilho aos nosso olhos, música aos nosso lábios, saltos aos nossos pés.
Mas também há aqueles amigos de passagem, talvez umas férias ou uns dias ou umas horas. Eles colocam-nos sorrisos nos rosto durante o tempo que estamos com eles.
Falando do assunto, não podemos esquecer os amigos distantes, aqueles que estão na "ponta das ramas" e que quando o vento sopra, sempre aparecem entre uma folha e outra. O tempo passa, o verão vai-se, o outono se aproxima-se e perdemos algumas das nossas folhas, algumas nascem noutro verão e outras permanecem por muitas estações.
Mas o que nos deixa mais felizes, é que as folhas que caíram continuam junto, alimentando a nossa raiz com alegria. São recordações de momentos maravilhosos de quanto se cruzam no nosso caminho.
Desejo-te, folha da minha árvore, paz, amor, sorte e prosperidade.
Hoje e sempre ... Simplismente porque cada pessoa que passa na nossa vida é unica. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Haverá os que levam muito, mas não haverá os que não nos deixam nada.
Esta é a maior responsabilidade da nossa vida e prova evidente de que duas almas não se encontram por casualidade.

A AMIZADE E O AMOR ESTIMAM-SE COMO DOIS IRMÃOS QUE TEM UMA HERANÇA A PARTILHAR!